sexta-feira, 31 de outubro de 2008

nº 34

Tentei várias vezes e não dá. Comida chinesa só mesmo nos restaurantes chineses. Não sei como eles fazem, e não sei o que põem lá dentro. É um grande complô, pois em todos os restaurantes chineses a que fui, o chop suey sabe sempre ao mesmo. E sempre que tento fazer chop suey em casa também sabe sempre ao mesmo; a sopa. Tenho o wok, tenho os rebentos de soja, tenho o molho de soja, a cenoura, a cebola, o cogumelo, só me falta mesmo é falar mal português. O segredo da coisa certamente não será esse, e se calhar nem convém saber, pois o chop suey sabe-me bem e mesmo que leve bigodes de gato atropelado, prefiro esse ao meu.


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

mais vale uma na mão do que...

Não sei comprar roupa íntima de senhora. Nem de Homem quanto mais… para mim é boxers com o Tom & Jerry e meias dos Simpsons. Contudo, ofereci à minha adorável esposa ‘lingerie’. Nunca me senti tão envergonhado numa loja. Não sei qual é o mal, mas o meu inconsciente assim o manda. Vagueei pela loja tal e qual como um ruminante à volta do Taj-Mahal, até que finalmente aparece uma menina a perguntar se eu precisava de ajuda. Hesitei! “han… não…sim, pois se calhar é melhor”…a suar e a gaguejar perguntei: “Qual destes gostaria de receber?”. Levei logo um estalo pois a menina pensava que me estava a atirar a ela. Tive que ir a outra loja; fui à Intissimiminimissimi… ou lá o que é. Novamente o ruminante e o templo… outra menina; e obviamente que sim, precisava de ajuda. Desta vez fui mais cavalheiro, e referi que a minha mulher fazia anos e que eu gostava de lhe oferecer ‘lingerie’. Como pato bravo que sou dirigi-me à secção de coisas em saldo; mas rapidamente a menina acenou-me com peças mínimas e transparentes que me despertaram fugazmente o olhar. Parecia um puto, quero isto, mais aquilo e aquilo também. Até uma camisa de dormir foi no embrulho. O facto é que entrei na loja tipo menino envergonhado, e saí feito homem de peito inchado e o ego avantajado, a ostentar orgulhosamente um saco de compras da loja intimissiribimbissiri. Sim, sou um homem romântico!



PS: Fiquei com vergonha quando estava para colocar uma fotografia de uma senhora de cuecas, e por isso decidi optar por uma fotografia de um mítico e saboroso bolo de arroz.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

sou roedor

Tu róis as unhas? É bom? E ele? Ele rói as unhas? Nós todos roemos. Vocês também roem as unhas. E eles de certeza que também roem. Agora eu… obviamente que sim. Mas não sei escrever. Eu rou as unhas?... eu roue as unhas? Eu rouo?... roou as unhas?... ruoe? ruou? ru? roeo? rubalueabelala? Je róix les unhes. ARGHHHH! Não sei!


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

desisto!

Pá, ainda bem que os bebés usam sapatos. É o vestuário mais inútil. Para já não andam. E depois não agasalha. Estão ali para quê?! Ah… ficam tão bonitas… ai é? Então vá você calça-las! Hoje tive de calçar os sapatinhos umas 23 vezes. É que passados breves segundos os sapatinhos voam. As bebés olham para mim enquanto as recalço e pensam: “este gajo ainda não aprendeu?...”. Elas preferem levar os sapatinhos à boca do que propriamente calçá-los. É a loucura. A chucha passa a vida no chão, e elas passam a vida a tentar chuchar nos sapatinhos!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

parque de estacionamento

Não dá mesmo para perceber. O carro estava aqui!... Ia jurar que o tinha deixado na zona amarela, linha H, lugar 15, com o boneco do rinoceronte ao pé do pilar em frente da escada de serviço. Ou era na zona verde, linha D, lugar 23 com o a tartaruga ao pé dos contentores?... não isso foi anteontem! Ou está no -2?... Os carros de agora têm GPS, mas de que me vale isso se eu não o encontro?! Dou por mim feito parvo (isto não é nada raro), a carregar no botão da chave na esperança de ver os 4 piscas do carro. Mal entro no estacionamento do shopping perco-me logo; e não vale a pena tentar fingir que sei o que estou a fazer, pois sempre que quero deixar o carro ao pé dos cinemas, vou sempre parar ao continente. E para sair é a mesma coisa; vou sair aqui que depois é só apanhar a 2ª circular e siga para bingo. Não. Tenho de ir visitar a Damaia. Não gosto dos parques de estacionamento, e quem os desenha não gosta de mim. O ideal era em vez de termos 2 pisos com 5000 lugares, era termos 5000 pisos com 2 lugares. Bastante mais prático.


terça-feira, 14 de outubro de 2008

pessoal de perto

Eu gosto de concertos. Mas como sou dos subúrbios de Lisboa, fico um pouco desiludido quando o artista grita pelo nome da cidade, como se todos os presentes fossem do mesmo sítio. Aborrece-me. Eu sou das redondezas, e quero ouvir o Sting dos Police dizer “como é que é pessoal de pertoooooo” assim está bem. Já vibro. Eu sou de perto. E já agora para o pessoal que vem de Santa Cruz dos Assobios não ficarem também tristes quando vierem ao pavilhão, peço à Spritney Beers que grite “i love you pessoal de longeeeeeeee”. Ena, ela disse longe! e nós somos de longe! que orgulho...
Está bem? Pode ser?

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

palavrar

Os palavrões caíram em desuso. Já não insultam ninguém. Nos estádios já não vale a pena dizer que o árbitro é um filho da p***, ou que o avançado não joga um c****** e que o defesa é um p********. Isto já não choca nada; é até o habitual. Os adeptos, penso eu, que contestam desta maneira para que as coisas mudem e que não repitam os erros. Ou talvez não, há quem lá vá só mesmo para achincalhar. Mesmo assim; penso que se usarmos a famosa psicologia invertida temos melhores resultados. Imaginando um estádio com uns 20.000 animais a urrarem, um no meio do jogo dispara o seguinte argumento: “Oh árbitro, não seja injusto”… ou “ai valha-me deus, que guarda redes tão pouco qualificado!” que impacto isto teria? Mas se é mesmo para captar a atenção, sejam frontais. Não vejo ninguém no estádio a chamar “Ahhh seu vil”, ou “com a breca que malvado!”. É estrondoso. E já agora também no trânsito; quando lhe iam batendo, abram a janela e digam a alto e bom som: “oh seu grandessíssimo mal educado!”

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

os cócós e nós

Por falar em nenúfares, há um facto que é 100% absoluto. Toda a gente olha para o cocó que fez antes de puxar o autoclismo! Não é? Se calhar estou a exagerar… a grande maioria das pessoas olha! Se calhar também não… Os homens! Todos os homens olham para o cocó!... não? Bastantes olham!...também não? alguns? Uns poucos pronto… Resumindo, só há 2 pessoas que olham para o cocó. O caríssimo leitor e eu. Não é preciso ter vergonha. Eu faço pela curiosidade. Como já li todos os rótulos e os ‘making of’ dos desodorizantes e shampôs, quando estou em actos de libertação vou imaginando o feitio do dejecto; e depois apenas espreito para ver se acertei!
Agora uma pergunta, adivinhe lá onde estava eu quando me lembrei de escrever esta croniquinha?
Exacto, no trânsito.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

anti-vírus

Está tudo com o raio do vírus. Não escapei. Diarreia amarela abundante, vómitos compulsivos a jacto, especturações gritantes e ensurdecedoras, espirros infinitos pingados de muco... só me falta mesmo é ter bolachas de cêra a sair dos ouvidos. Na cama a minha cabeça enterra-se na almofada como uma bola de bowling num alguidar de baba de camelo. Estava a chocar uma estava... o médico bem podia ter dito que ia fazer parte do elenco do próximo senhor dos anéis. Bem dito papel higiénico e um grande beijinho meu para quem o inventou; à minha pala quase que ganhou o euro milhões.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

hã?

Fui ao médico. Ele receitou-me mmmzzmzmmzmmzzmmzzmmmmmmzmmm. Fui à farmácia e deram-me Maxilase, para tomar 3x ao dia; não é demais? Os médicos não sabem escrever, e os farmacêuticos têm um poder sobrenatural. Não sei se o problema será as canetas dos médicos, mas se for alguém devia refilar, pois aquilo vem com um defeito grave. Mas também não ficamos pela escrita, eu também fico a “ler” quando se põem a falar. O Dr. Fontes explicou-me que as minhas mitocongeneses entram pelas bactériofungentes da epidomefapelulose e arrasam com as sinfocotobusturas, daí o meu sistema antivirulógico ruptaminilanamnese fica em defiência orgânicaçaftalose. Mais parece que fui a uma aula de expressão linguística da Arménia. Não basta dizer que estou a chocar uma?