segunda-feira, 1 de setembro de 2008

puré

Eu gosto de puré. Gosto da sua forma e gosto de o comer. Quase que não é preciso mastigar, mas eu prefiro fingir que mastigo. O puré é divertido, dá para fazer esculturas. Gosto de fazer uma espécie de vulcão onde se põe na cratera o molho do bife. Puré e molho de bife é equiparável a bacalhau e azeite. Aprecio ver incêndios florestais ao longe, pois as nuvens de fumo fazem-me lembrar o puré da minha avó. Às vezes tenho fantasias que envolvem puré, e às vezes chamam-me de estúpido. Mas o que tem o puré assim de tão fascinante? Para já o som da palavra puré é engraçado, e depois, é um alimento versátil. Sonho com o dia em que um pasteleiro invente um bolo de puré, ou que aquele senhor de Portimão comece a fazer gelados de puré com ‘topping’ de molho de natas com cogumelos. Não sou contra os purés instantâneos, desde que não seja eu a fazê-los… já tentei 2 vezes; da primeira vez não correu mal, deu para arranjar uma racha na parede mestra do meu hall de entrada, da segunda vez deu para plantar uma árvore no tacho. Posso não ser perito em culinária, mas sou um alarve de primeira. Já experimentaram comer puré com as mãos? Eu já, mas não aconselho a fazerem isso na Portugália de Arroios; quer dizer, se não tiverem dinheiro para a refeição até dá jeito.

Sem comentários: